quinta-feira, 16 de julho de 2009

Público emocionado celebra centenário do Municipal

Créditos à SEC-RJ

Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Uma programação de gala, que contou com a apresentação do Balé, Coro e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, acompanhados pelo tenor argentino Marcelo Álvarez e pela soprano coreana Sumi Jo, expoentes da música lírica internacional, encerrou ontem à noite as comemorações pelo centenário de Theatro Municipal na Cinelândia, centro do Rio, lotada por um público emocionado.

O espetáculo gratuito, apresentado pelo ator Paulo Betti, contou ainda com lançamento de uma medalha e de um selo comemorativos do centenário do Theatro. O Governador em exercício, Luiz Fernando Pezão, a Secretária de Estado de Cultura, Adriana Rattes, e a presidente do Theatro Municipal, Carla Camurati, entregaram as medalhas a pessoas de destaque que passaram pelo Theatro ou que, ainda hoje, trabalham no local. Entre os homenageados estavam bailarinos, coristas, maestro, coreógrafa e serventes.

- Essa comemoração hoje é extraordinária. O Governo do Estado sempre fez esse esforço de popularizar o Municipal. Acho que estarmos entregando esse equipamento recuperado nos próximos meses vai ser uma grande conquista para a cidade. A cidade vai ser cada vez mais valorizada com essa reforma que está sendo feita – afirmou Pezão.

- É uma festa fantástica, à altura do maior patrimônio cultural do Brasil, uma homenagem aos artistas e funcionários que fazem a história do Municipal, e uma maneira devolver ao público do estado o carinho que sempre teve pelo teatro, oferecendo um espetáculo que reúne no mesmo palco alguns dos mais importantes artistas do Brasil e do mundo – disse a Secretária Adriana Rattes.

Prestigiado por convidados como Fernanda Montenegro, Sérgio Brito e Beth Faria, o show de gala noturno reuniu centenas de pessoas e aconteceu ao ar livre em um palco montado em frente ao Municipal. Fechado para reformas, o palacete deverá ser reaberto no fim desse ano.

Fernanda Montenegro lembrou que, há 50 anos, subiu ao palco do Municipal para apresentar a antológica peça “O Mambembe”, durante as festividades pelo cinquentenário do espaço. Para a primeira-dama do teatro brasileiro, a reforma do prédio é um presente para a cidade, para o estado e para o país:

- Acho que esse teatro merece qualquer festa. É o teatro mais importante do país, com a maior história cultural deste país, uma obra arquitetônica que deve sempre estar sendo cuidada, cercado de atenção. É uma festa para a nossa cidade. Culturalmente falando, o Municipal é o umbigo dessa cidade. É um presente para a cultura da cidade, do estado e do país – declarou.

Com regência do maestro Roberto Minczuk, o programa de ontem à noite teve um repertório franco-brasileiro em homenagem ao ano da França no Brasil e também às origens do Theatro, inspirado na Ópera de Paris e que foi inaugurado em 14 de julho de 1909, em comemoração à queda da Bastilha.

Patrocinada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Cultura, a celebração do centenário do Theatro Municipal começou às 10h de ontem com a apresentação da Banda do Corpo de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro. Em seguida, o público teve acesso ao interior do prédio para ver a exposição que reúne fotos de seus grandes momentos, além de documentos, programas e gravações. Na parte da tarde, o Ballet do Theatro Municipal iniciou as apresentações no palco da Cinelândia, com a presença das principais estrelas do seu corpo de baile, incluindo a bailarina Ana Botafogo. A programação escolhida teve trechos de “Floresta Amazônica”, “O Corsário” e “Coppelia”.

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