segunda-feira, 29 de junho de 2009

Moradores da Cidade de Deus e Dona Marta aprovam UPPs

Créditos à Secretaria de Segurança

Dona Marta

Uma pesquisa inédita realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que moradores das comunidades da Cidade de Deus e Dona Marta aprovam as Unidades de Policiamento Comunitário (UPPs), instaladas pelo Governo do Estado. A pesquisa foi realizada em maio, quando 1.200 pessoas foram entrevistadas. A realização do trabalho de campo ocorreu na comunidade de Dona Marta e seu entorno (Botafogo) entre os dias 22 e 24 de maio de 2009. Em relação à Cidade de Deus e respectivo entorno (Curicica, Taquara, Pechincha e Freguesia) o trabalho realizou-se entre os dias 25 e 27 de maio de 2009.

De acordo com o estudo, 63,58% dos moradores da Cidade de Deus, e 58,38% do Dona Marta, disseram que a segurança de suas famílias melhorou com a presença da polícia comunitária. Para os moradores das duas comunidades, a segurança é tão importante quanto a saúde e a educação. Eles apontaram avanços em questões relacionadas aos direitos humanos: 54,90% dos chefes de família do Dona Marta e 58,65% da Cidade de Deus disseram que depois da implantação das UPPs, voltaram a poder exercitar o direito de ‘ir e vir’, a qualquer hora do dia, em suas comunidades.

Na pergunta sobre o tráfico de drogas, 70,83% dos entrevistados na Cidade de Deus e 69,24% do Santa Marta responderam que melhorou a partir da presença da polícia nas comunidades. A satisfação dos moradores quanto à redução de crimes de homicídio também foi alta: 71,35% da Cidade de Deus e 68,01% do Dona Marta responderam que melhorou ou melhorou muito. As UPPs e o policiamento comunitário também reduziram casos de violência policial na opinião dos moradores: 58,20% dos entrevistados na Cidade de Deus e 52,96% dos chefes de família do Dona Marta disseram que houve melhora.

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, ressaltou a importância da conquista pelo Estado das áreas antes ocupadas por traficantes e milicianos, ressaltada pelos moradores na pesquisa de opinião da FGV.

- É gratificante perceber de uma maneira clara que o resultado é bom porque eu acredito que o cidadão carioca não aguenta mais a questão da territorialidade dos criminosos. Retrata não só o aspecto de violência e do tráfico de drogas, mas sim a liberdade de ir e vir do cidadão. As pessoas para entrar nesses lugares que foram alvos da pesquisa eram questionadas sobre o que estavam fazendo e aonde iam, enfim, esses grupos criminosos tinham ainda o poder do fuzil, usavam esse equipamento de uma maneira ostensiva, achincalhando a população para mostrar que, definitivamente, eles eram o comando ali dentro. A gente pretende extinguir a territorialidade dos traficantes e dos milicianos nessas áreas - assegurou Beltrame.

A pesquisa ‘Avaliação do Impacto do Policiamento Comunitário na Cidade de Deus e no Dona Marta’ foi dividida em três partes: SEÇÃO 1 – PERFIL DA POPULAÇÃO ENTREVISTADA; SEÇÃO 2 – SEGURANÇA PÚBLICA e SEÇÃO 3 – POLICIAMENTO COMUNITÁRIO. No total, foram feitas 26 perguntas que resultaram em 26 gráficos analíticos.

Clique aqui para baixar a íntegra da pesquisa.

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