sexta-feira, 26 de junho de 2009

Baía vira cenário para exercício simulado contra acidente ambiental

Créditos à SEAUma simulação conjunta de recolhimento de 10 mil litros de óleo derramado na Baía da Guanabara mobilizou nesta sexta-feira (26/06), no Píer Mauá, cerca de 80 homens em 10 embarcações. Foi o primeiro exercício desde a criação do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão vinculado à Secretaria Estadual do Ambiente (SEA), que coordena a operação com a Defesa Civil Estadual e Capitania dos Portos. O exercício durou cerca de uma hora e serviu de treinamento para o Plano de Emergência da Baía da Guanabara (PEBG).

O vice-presidente do Inea, Paulo Schiavo, que acompanhou a simulação, realizada pela manhã sob tempo nublado e períodos de chuva fina, explicou que a simulação serve de treinamento para as 25 empresas que integram o PEBG, entre as quais a Petrobras e empresas que trabalham com produtos petroquímicos e serviços marítimos, além de estaleiros. Ele destacou que o controle constante é fundamental para evitar que as manchas órfãs de óleo, - frequentes em áreas de tráfego marítimo intenso, como a Baía da Guanabara -, tornem-se um grave problema ambiental.

- O Plano de Emergência da Baía da Guanabara foi o primeiro plano de combate, contenção e recolhimento para poluição provocada por vazamento de óleo no país. Este tipo de treinamento, que é feito todos os anos, é importante para o treinamento das equipes das empresas que podem estar sujeitas a este tipo de ocorrência – disse o vice-presidente do Inea.

Vários tipos de embarcações – lanchas, rebocadores e navios de emergência - foram utilizadas durante o treinamento, que simulou a absorção e recolhimento de manchas de óleo derramadas na água. Barreiras de absorção foram espalhadas para simular as manchas, que são isoladas com o uso de barreiras de contenção em estilo cortina. As embarcações utilizam vários tipo de formação para formar um cordão de isolamento em torno das manchas. O recolhimento do óleo é feito por embarcações especiais que absorvem o material, levado posteriormente para uma chata atracada no píer.

Um navio empregado em operações de emergência, com 56 metros de comprimento, foi utilizado na simulação, além de 600 metros de barreiras de absorção e mais 850 metros de barreiras de contenção, tanques infláveis e skimmeres (recuperadores de hidrocarbonetos), além de equipamentos de comunicação e segurança.

Realizado anualmente desde a criação do PEBG, em 1991, a simulação é complementada com o treinamento específico das equipes de emergência das empresas que lidam com este tipo de material.

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