Durou menos de 24 horas o drama dos moradores vizinhos da Praça Cardeal Arcoverde, em Copacabana. Um dia depois do Jornal do Brasil denunciar o mau estado de conservação do muro que separa a Rua Barata Ribeiro da Ladeira do Leme, em frente à estação de metrô, a prefeitura foi ao local e decidiu interditar a calçada por onde passam crianças e idosos todos os dias. Segundo o administrador da 5ª Região, Paulo Heráclito, que ontem foi ao local, o muro será demolido em breve para a construção de outro em seu lugar.
– O primeiro passo é interditar a área para evitar qualquer tipo de acidente - reconheceu Heráclito, que foi ontem ao local após saber da denúncia publicada pelo JB.
Heráclito ficou impressionado com as rachaduras no muro e a maneira como a interdição fora feita - uma simples fita da Defesa Civil, fina e mal amarrada numa árvore, que sequer avisava sobre o perigo e não alertava os transeuntes.
– Podem me cobrar: amanhã (hoje) metade da calçada estará interditada com estacas no chão limitando a passagem dos pedestres. As pessoas não deveriam estar sequer passando nem perto deste muro - afirmou o administrador.
Cobrado por Heráclito, o Instituto de Geotécnica de Município (Geo-Rio), responsável pela contenção de encostas, informou que os engenheiros já vistoriam o local e que o muro será demolido.
– Vamos checar a possibilidade de retirar os outdoors – emendou o administrador, referindo-se à empresa que alugou parte do terreno e cortou o muro para expor sua publicidade.
Enquanto o administrador regional fazia a vistoria, a psicóloga Sandra Kruczan, o abordou para se queixar:
– Em tempos de chuvas fortes, a estrutura pode tombar.
Sandra contou que, no mês passado, ligou para a ouvidoria da Defesa Civil pedindo uma inspeção, mas não foi bem sucedida.
– Eles falaram que eu tinha de conversar com o engenheiro, dei os meus contatos e até hoje, nada. O problema permanece. As pessoas continuam passando ao lado de muro e correndo risco. A calçada tem que ser interditada – insistiu a moradora do bairro.
Sandra sentiu-se aliviada ao ouvir o que queria.
– Ainda bem que há alguém providenciando soluções - disse.
Problema antigo
Desde o dia 21 de janeiro, a Defesa Civil cercou parte do muro com uma faixa informativa. Mesmo assim, os moradores do bairro continuaram preocupados.
O muro cerca uma área militar de 315 metros quadrados. Parte da área é arrendada para um comerciante, que montou um horto. Outro espaço é alugado pela Sign, uma empresa de publicidade, que fez uma obra na estrutura do muro, mas garante que não a abalou.
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