terça-feira, 31 de março de 2009

Inea e Vale recuperam Mata Atlântica no Parque Estadual da Ilha Grande

Créditos à SEA

Ao mesmo tempo em que acelera a restauração da vegetação de restinga da praia Lopes Mendes, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da Secretaria do Ambiente, em parceria com o Instituto Ambiental da Vale (IAV), mantém há quase dois anos um programa de replantio da Mata Atlântica na área do Parque Estadual da Ilha Grande.

A área total de floresta e restinga em processo de recuperação totaliza 150 mil metros quadrados, nas imediações das praias Preta e de Palmas; clareiras no alto da montanha e próximas ao caminho entre a Vila do Abraão e áreas degradadas nas margens da estrada que liga as vilas do Abraão e Dois Rios. Além do replantio, outras intervenções são realizadas no parque para auxiliar na regeneração da mata, como a retirada de plantas invasoras e de lixo.

Até março último foram plantadas 10.380 mudas de mais de 60 espécies nativas como cedro, copaíba, grumixama, ingá, jenipapo, jatobá, pitanga, jacatirão e guapuruvu. Plantas invasoras (espécies que não ocorrem naturalmente na ilha), como jaqueiras, abricó-da-praia, capim-gordura e trapoeraba são removidas, uma vez que podem ocasionar graves problemas ambientais como a erosão, por exemplo. No mesmo período, mais de seis toneladas de lixo foram coletadas no Circuito Abraão.

O programa de recuperação ambiental da Ilha Grande começou em meados de 2007, a partir da parceria firmada com o Instituto Ambiental da Vale. Primeiramente, foi construído um viveiro com capacidade para produzir 52 mil mudas por ano, seguindo-se o recrutamento e treinamento de mão-de-obra local. Depois se iniciou a identificação de árvores matrizes produtoras de sementes e a coleta de sementes para a produção de mudas.

Atualmente, guardiões da Ilha Grande e funcionários do viveiro, orientados por especialistas em botânica e engenharia florestal do Parque e do IAV, vasculham regularmente as florestas e restingas em busca de sementes, inclusive de espécies de árvores e arbustos ameaçados de extinção.

No Circuito Abraão foram instaladas lixeiras, fechados atalhos desnecessários e melhorados caminhos e trilhas, com degraus, contenções e sinalização, além de uma limpeza diária para facilitar o acesso de turistas e minimizar impactos como erosão e descarte inadequado de resíduos. Atualmente mais de 30 funcionários do PEIG e do IAV, a maioria moradores locais, se empenha em coletar sementes, produzir e plantar mudas e em demarcar novas áreas para intervenções. Assessoria de Comunicação Inea.

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