Projeto de museu a céu aberto será lançado no Cantagalo no sábado

Créditos à Subsecretaria de Comunicação Social

Morro do Cantagalo

Com apoio do Governo do Estado, diretores da Organização Não-Governamental Museu de Favela (MUF) vão transformar o complexo do Pavão/Pavãozinho-Cantagalo, na Zona Sul, em um grande museu a céu aberto. O projeto será lançado no próximo sábado na comunidade. A proposta é criar roteiros turísticos pela comunidade, mostrando a turistas nacionais e estrangeiros a história da ocupação da região.

De acordo com o chefe-de-gabinete do vice-governador, Sérgio Poubel, esse é o momento de se pensar no que acontecerá depois do fim das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na comunidade. Ele aplaudiu a iniciativa de envolver os moradores na criação do museu e deixar claro que cada um é peça importante na concretização desse sonho.

- Acho extremamente importante que a comunidade tenha essa visão de importância dentro da construção do Rio de Janeiro e da Zona Sul. Acredito que será um grande sucesso e irá resgatar a auto-estima dos moradores, que se reconhecerão personagens de sua própria história – frisou Poubel.

O MUF vai ser lançado na tarde do próximo dia 14, na quadra da Escola de Samba Alegria da Zona Sul, na Rua Saint Roman, 176, Estrada do Cantagalo, em Copacabana, e já conta com parcerias importantes, como a diretora de teatro Bia Lessa, que ajudou a preparar a comunidade para o desenvolvimento desse grande projeto cultural e turístico. Ao estilo do Monte Saint-Michel, na França, o Pavão/Pavãozinho-Cantagalo espera atrair para os morros uma fatia significativa dos turistas que chegam ao Rio, oferecendo uma vista privilegiada da Zona Sul e opções culturais de qualidade.

A proposta é mostrar a influência das culturas indígena, negra e nordestina, que se misturaram na região ao longo dos anos, assim como a música, a dança, as artes plásticas, a gastronomia e o artesanato, que contarão com oficinas montadas pelos moradores. A partir da implantação do Museu do Pavão/Pavãozinho-Cantagalo, o projeto poderá ser desenvolvido em outras comunidades, a fim de resgatar a memória de todas as favelas.