A economia fluminense por muito tempo esteve ancorada no setor petrolífero. Mas isto acontecia no passado. O foco, desde que a gestão Sérgio Cabral tomou posse, se diversificou em busca de fomentar diversos segmentos e atrair investimentos. Com esta visão, trabalha Fernando Costa Barros, diretor-presidente da Codin (Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro), sociedade de economia mista, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Industria e Serviços - SEDEIS, que tem por objetivo a promoção do desenvolvimento sustentado da indústria fluminense. Os resultados já estão aparecendo. Cerca de 60 empresas apresentaram projetos de investimentos no estado.
Para impulsionar o trabalho realizado, Fernando Barros, que era diretor da InvestRio e da Codin, ficou à frente da pasta responsável por assessorar os investidores que vêem o Rio de Janeiro como um lugar seguro para seus projetos:
- A InvestRio é uma agência de fomento que trata de financiamento de projetos até que eles entrem em operação. A Codin trata, na fase da construção, do apoio quanto a localização e licenciamento. Os incentivos fiscais, que é o que a Codin gerencia dentro do estado, só começam a funcionar depois que a empresa começa a operar - explicou.
Na busca por levar o progresso a todas as regiões do estado, Fernando Barros quer conversar com todos os prefeitos. Já encontrou com dez deles. Com os investidores, o trabalho é disponibilizar informações para que eles decidam em qual município ou região vão investir.
Que o Rio de Janeiro compete com os estados com os quais faz limite não é novidade, porém o estado, em um raio de 600 quilômetros, abriga 60% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
- O Rio de Janeiro tem que se vender aos investidores mostrando que tem boa estrutura, que tem uma posição logística invejável em relação aos outros estados. Por ter sido capital, o Rio de Janeiro é sempre o ponto de partida de ferrovias, rodovias, por isto está interligado aos outros estados. O Arco Metropolitano vai ser um grande salto de qualidade logística para o estado do Rio, enfatizou.
A atração de novos negócios está dando certo. O órgão é responsável por trazer para Três Rios, no Centro-Sul fluminense, a fábrica construtora de locomotivas IEF, que antes funcionava em Paulínia, São Paulo. Das 20 locomotivas previstas, a empresa irá gerar 150 empregos diretos. Sobre outros investimentos, Fernando Barros surpreende com os números:
- Estamos extremamente ocupados em termos de projetos que chegam ao estado. Hoje temos 62 projetos, e todos os dias temos empresas chegando para prospectar os incentivos que o estado oferece. Se todos os 62 projetos se concretizarem, a nossa estimativa é de que isso possa representar um investimento, mais ou menos, de R$25 bilhões, o que é bastante interessante neste momento de crise, comentou.
A Codin, em 2007, amargou um prejuízo de cerca de R$ 600 mil, no entanto o resultado no ano seguinte foi bastante acima do esperado:
- No balanço de 2008, a gente passou para um resultado de R$ 5,8 milhões de lucro. O incentivo não é determinante, mas é muito importante. A recepção que o estado do Rio é diferenciada em relação à de São Paulo, à de Minas. A gente dá muita importância ao investidor. O atendimento é quase que personalizado, definiu Barros.
A atenção dada ao investidor ultrapassa distâncias geográficas. Para Fernando Barros, engenheiro que se especializou em Investimentos na Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque, EUA, a busca por novos parceiros no fomento à economia fluminense vai além:
- Outro movimento importante que a gente começou foi inserir a Codin no exterior, em uma rede de agências de desenvolvimento. Colocamos a Codin como membro da Associação Internacional das Agências de Promoção de Investimento - informou.
Barros explica que as missões realizadas pelo governador Sérgio Cabral ao exterior são, posteriormente, exploradas pelo órgão.
- O trabalho que o governador está fazendo nessas missões com a Firjan, o resultado somos nós que temos que fazer acontecer através do contato com esses investidores. O Rio de Janeiro não quer ser o melhor para o Brasil. Quer ser o melhor para ele mesmo, definiu Fernando Barros.
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