sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Rio passa a ser o tericeiro maior estado exportador do país

Créditos ao site do Governo do Rio de Janeiro

Porto do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro exportou US$ 18,7 bilhões no ano de 2008 e assumiu a terceira posição no ranking brasileiro pela primeira vez desde o início da série histórica, em 1991, ultrapassando o Rio Grande do Sul. As vendas de petróleo recordes, de US$ 12,5 bilhões, foram as grandes responsáveis pelo resultado. O resultado das importações (US$ 14,4 bilhões) também superou todos os fechamentos anuais até aqui. Os dados estão no Boletim Rio Exporta, divulgado nesta quinta-feira (22/1), pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O Rio também chegou a um nível recorde de participação nas vendas externas nacionais, com 9,5% do total. O estado registrou taxas de crescimento de 30,7% para as exportações e de 50,7% para as importações, maiores que as médias do País no ano passado. O saldo comercial do estado caiu 9,6% frente a 2007, para US$ 4,3 bilhões. Bem abaixo, no entanto, da queda nacional de 38,2%.

Além do bom desempenho da exportação de petróleo, as vendas de produtos manufaturados avançaram 1,7%, impulsionadas pelas indústrias química (17,5%) e de borracha (49,4%). Já as importações de bens de capital e bens intermediários, com participação conjunta de 57,6% na pauta do ano passado, sinalizaram a compra de máquinas e insumos para atender o mercado interno.

O principal destino nas exportações do Rio foram os Estados Unidos, com US$ 4,3 bilhões em compras. Santa Lúcia, uma ilha do Caribe, teve o maior crescimento, com 242,1%, e é hoje o segundo maior comprador. Nas importações, os Estados Unidos também foram o principal parceiro, com US$ 3 bilhões em uma pauta diversificada. As maiores variações positivas anuais foram da Nigéria, Iraque e do bloco do Oriente Médio, todos vendedores de petróleo do tipo leve, mercadoria mais importada pelo Rio.

Um componente importante do crescimento das exportações foi o aumento generalizado dos preços internacionais, já que todas as categorias de produtos mantiveram ou reduziram as quantidades exportadas. O petróleo, principal item da pauta, teve uma cotação média anual 49,1% superior à registrada em 2007.

Levando em conta apenas o resultado do mês de dezembro, as vendas do Rio somaram US$ 1,3 bilhão, um resultado 23,4% abaixo de dezembro de 2007. A redução na venda de óleos brutos de petróleo, por causa da queda de preços, foi a principal responsável, junto com uma contração no embarque de produtos manufaturados.

Nas importações, apesar do aumento de 24,5% graças à duplicação na quantidade importada de petróleo leve, teve destaque o recuo nas compras de bens de consumo duráveis – notadamente automóveis, em função do desaquecimento na comercialização do produto no mercado interno. Em valores, as importações fluminenses alcançaram US$ 1,1 bilhão no mês, resultando em um saldo comercial positivo em US$ 253 milhões.

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