segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

PAC Manguinhos: uma obra ecologicamente correta

Créditos à Secretaria de Obras

As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em Manguinhos, podem ser consideradas ecologicamente corretas. A preocupação com o meio ambiente e a defesa da saúde tem norteado algumas ações desde o início das obras, há quase um ano, por determinação do vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão. Combate à dengue, ao aquecimento global e um forte trabalho de conscientização ambiental têm sido constantes no canteiro e nas comunidades do entorno.

Segundo o coordenador de meio ambiente do projeto, biólogo Felipe Drummond, a determinação sempre foi de adequar o canteiro aos padrões ambientais mais modernos, assim como expandir esse trabalho para os moradores da região. Com isso foram tomadas uma série de atitudes, como a substituição das telhas de amianto em todo o canteiro de obras, para evitar a contaminação dos trabalhadores, já que a utilização do amianto é proibida por lei desde 1995, e buscou-se um inseticida biológico para o combate à dengue.

- Nossa preocupação é garantir a saúde da população, trabalhadores e moradores das comunidades do entorno. No caso da dengue, buscamos um produto ecologicamente correto, que não contaminasse o meio ambiente, nem fizesse mal às pessoas. Também estamos fazendo um trabalho de conscientização ambiental com os moradores da região, reiterando a importância da reciclagem e da possibilidade de se desenvolver projetos de móveis e vassouras a partir de garrafas pet, por exemplo. Para esse ano estamos ampliando a ação, para abranger mais comunidades e pessoas de todas as faixas etárias – afirmou Drummond.

O BT-Horus, que vem sendo usado para o combate à dengue em Manguinhos, é um inseticida natural, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que tem apresentado cerca de 100% de eficiência na eliminação das larvas. O biólogo disse que, no início, muita gente queria colocar água sanitária e outros produtos nas poças de água, mas foram alertados para a possibilidade de contaminação do solo pelos produtos.

E a preocupação não pára por ai. Tem sido reforçada junto aos trabalhadores a preocupação com a reciclagem, sendo que papel e plástico são entregues a uma cooperativa da região, enquanto ferragens e madeira são reaproveitadas na própria obra. Restos de madeira que não possam ser aproveitados na obra são reaproveitados em cerâmicas, assim como as aparas de metal são enviadas para reciclagem.

Da mesma forma, conscientes da necessidade de se usar de forma racional todos os produtos, foi desenvolvido um sistema de economia de água na hora da lavagem dos caminhões-betoneira. A água utilizada é tratada e reaproveitada em outras lavagens, enquanto o resto de massa é transformado em blocos de cimento para a construção de equipamentos de sinalização dentro da própria área da obra.

As árvores que existiam na antiga Divisão de Suprimentos (DSup) estão sendo preservadas. Para evitar que elas sejam afetadas pelas obras ganharam uma cerca e toda uma atenção especial do biólogo. Drummond também lembra que na região serão replantadas mais de mil árvores, como forma de se criar um grande pulmão na área de Manguinhos e trazer mais qualidade de vida aos moradores.

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