quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Linha 3 do metrô começa a sair do papel este ano

Créditos ao site do Governo do Rio de Janeiro

Render de uma estação proposta

Em entrevista a uma rádio, nesta quinta-feira (8/1), pela manhã, o secretário de Transportes, Julio Lopes, garantiu que a Linha 3 do metrô, ligando a Praça Araribóia, em Niterói, a Guaxindiba, em São Gonçalo, começará a sair do papel este ano. Inclusive, o assunto é um dos que serão tratados por Lopes com o secretário de Obras de Niterói, José Roberto Mocarzel, hoje à tarde, na sede da Secretaria de Transportes, em Copacabana.

– É uma obra muito importante, pois vai atender uma região com população muito densa. São quase 1,5 milhão de pessoas, entre Itaboraí, São Gonçalo e Niterói – enfatizou Lopes.

Garantido pelo convênio assinado com o governo federal, no último dia 30, pelo qual serão liberados R$ 62,5 milhões, este ano, para o início das obras de implantação da via, o secretário reuniu-se, esta semana, com o consórcio Construtor Fluminense, formado pelas empresas Queiroz Galvão e Carioca Engenharia, quando ficou definido o prazo de uma semana para a entrega ao Governo do Estado do cronograma do projeto executivo e de início da construção da linha.

– Na reunião, decidimos uma série de ações mostrando à população os benefícios que a obra trará ao conjunto da comunidade e minimizando o impacto dos transtornos. Precisaremos desobstruir o leito da ferrovia, que foi muito invadido ao longo dos anos, para dar início efetivo às obras. Tenho certeza de que a população vai colaborar e faremos isso rapidamente – apostou Lopes.
Mapa completo da Linha

Como a tarefa depende da colaboração da administração dos municípios envolvidos, na reunião de logo mais, Lopes pretende discutir com o secretário de Obras de Niterói o restabelecimento da faixa de domínio da antiga linha férrea entre Niterói e Itaboraí, além de tratar dos impactos ambientais e urbanos e das interferências no trânsito do município, para que eles sejam os menores possíveis.

Mesmo sendo uma obra quase toda elevada - serão 18,8 quilômetros de vias suspensas e 4,2 sobre a superfície -, será necessário remover invasores da área que ficará sob a via. Um relatório feito recentemente, em conjunto com a Secretaria de Habitação, identificou milhares de invasões ao longo da antiga ferrovia.

– Agora, vamos montar uma força-tarefa com nossa área jurídica e a Procuradoria Geral do Estado para ver a forma de notificar essas pessoas e tratar da remoção delas – completou o secretário.

Na entrevista, Lopes ainda falou sobre as ações do governo do estado para aumentar a oferta de transporte na Zona Oeste do Rio. Segundo ele, haverá um conjunto de intervenções, em parceria coma Prefeitura, como a implantação da Linha 4 do metrô e a construção de corredores de ônibus expresso, com destaque para o BRT, da Avenida Brasil, e o T5, entre a Barra e a Penha.

– Essas obras darão uma grande mobilidade à Zona Oeste carioca. O estado está muito empenhado em tocar essas obras, em parceria com a prefeitura e o governo federal. Temos um momento muito interessante, em termos de aliança de governos, e um governador muito determinado em fazer as obras necessárias – concluiu.

Conheça o Projeto:

LINHA 3: LIGAÇÃO ITABORAÍ - SÃO GONÇALO - NITERÓI

A ligação em metrô entre Rio e Niterói estava prevista desde os Estudos de Viabilidades elaborados em 1968. Assim também, o corredor Niterói - São Gonçalo, que por sua importância, já foi alvo de inúmeros estudos, contemplando desde a implantação de um Pré-Metrô até um corredor exclusivo para ônibus. Em todas as alternativas o traçado desenvolvia-se sobre o leito ferroviário Niterói-Itaboraí da CENTRAL, aproveitando a sua faixa de domínio.

Em 1998, o Governo do Estado resolveu reestudar essa ligação, promovendo a licitação para o Estudo de Viabilidade, Projeto e Modelagem da Concessão, com aportes de recursos do BNDES.

A extensão total da linha é de 36 Km, com 17 estações, atendendo os municípios do Rio, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e beneficiando uma população de cerca de 1,6 milhões de pessoas.

Esse corredor, hoje servido quase que exclusivamente por ônibus, face à precariedade da ligação ferroviária, transporta aproximadamente 700 mil passageiros/dia, atendidos por uma frota de 1500 veículos, sem contabilizar as viagens internas nos municípios.

A importância da implantação dessa linha não se restringe apenas à melhoria do transporte intermunicipal, mas irá se refletir de forma significativa na qualidade de vida da população lindeira, principalmente nas localidades de Itaboraí, São Gonçalo e norte de Niterói, áreas ocupadas por população de baixa renda que hoje despende cerca de 2 horas em seus deslocamentos diários para os centros de emprego em Niterói e Rio de Janeiro.

As obras civis foram divididas em 2 lotes - Lote I (trecho Rio-Niterói) e Lote II (trecho Niterói-Guaxindiba), com custo previsto para R$ 1,9 bilhão. A construção do Lote II foi programada para ser paga através da venda de ativos de propriedade do Estado, a saber: Outorgas referentes à concessão do metrô e terrenos e edificações do Estado a serem incorporados para empreendimentos diversos.

O Lote I foi vencido pelo Consórcio Construtora Metrô Rio formado pelas empresas Camargo Correa, Andrade Gutierrez, CNO e OAS e o Lote II ficou a cargo do Consórcio Construtor Fluminense, formado pelas empresas Queiroz Galvão e Carioca Engenharia.

Os recursos provenientes dos ativos do Estado são suficientes para cobrir as despesas referentes ao Lote II. Para o Lote I os recursos serão provenientes da União garantidos no PPI (Plano Plurianual de Investimentos), que prevê um total de R$ 1,1 bilhão para o período 2001/2003.

Quanto a licitação para a Concessão/Material Rodante/Sistemas, foi qualificado o Consórcio T'Trans/PEM não ocorrendo entretanto o leilão. Os investimentos necessários estarão a cargo do Consórcio vencedor.

As estações

· Elevadas

São as estações Araribóia, Jansen de Melo, Barreto, Neves, Vila Lage, Paraíso, Parada 40, Zé Garoto, Mauá, Antonina, Trindade e Alcântara, dimensionadas para um fluxo de 36.000 passageiros / hora e equipadas com escadas rolantes e um elevador para atender prioritariamente às pessoas portadoras de deficiência física.

· Em Superfície

São as estações Jardim Catarina e Guaxindiba também dimensionadas para um fluxo de 36.000 passageiros / hora e equipadas com escadas rolantes, rampas e um elevador para atender prioritariamente às pessoas portadoras de deficiência física.

Clique nas imagens para Ampliar





Nenhum comentário: