sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Cidade da Música poderá ter gestão de empresa privada

Créditos à Agência Rio de Notícias

Cidade da Música

Em coletiva realizada no Centro Administrativo São Sebastião nesta sexta-feira (2), o secretário da Casa Civil do Rio, Pedro Paulo Carvalho, declarou que uma equipe formada pelas secretarias de Cultura, Educação, Turismo e Casa Civil vai se reunir para estabelecer uma proposta de modelo de gestão para Cidade da Música, que está com as obras interrompidas e as despesas bloqueadas para auditoria.

"Vamos pedir ajuda do Tribunal de Contas do município para ajudar a Prefeitura a fazer a auditoria da Cidade da Música. O resultado deve sair em 120 dias. Depois faremos um grupo de trabalho que vai definir o melhor modelo de gestão, que provavelmente será o de concessão privada", explicou o secretário.

Temendo não conseguir arrecadar os R$ 12 bilhões previstos para o orçamento de 2009, a Prefeitura está em busca de alternativas de financiamentos dos seus projetos. E segundo o secretário da Casa Civil, a terceira etapa do projeto Favela Bairro terá US$ 300 milhões de financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). E que essa fase do projeto será reformulada pela secretária de Habitação e terá um corte para a questão ambiental.

Obras da Cidade da Música serão interrompidas por quatro meses

O novo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou nesta sexta-feira (02), que decidiu interromper as obras e o uso da Cidade da Música durante o período em que as contas do empreendimento estiverem passando por avaliação, que será de quatro meses. A declaração foi feita em entrevista à TV Globo.

"As obras param, até porque ela não está pronta. Não posso fazer novos pagamentos durante uma obra que gastou tantos recursos. Eu quero saber quanto falta para terminar, para pagar, senão serei cúmplice de eventuais irregularidades. A partir de ontem quem paga as contas é o novo prefeito e vai pagar com muita cautela", afirmou.

Eduardo Paes disse ainda que terá mais cuidado para administrar as finanças do município e fará contenção de custos.

"Assumimos com receitas superestimadas, despesas subestimadas. Vivemos em momento de crise e não sabemos os efeitos dela nas contas da prefeitura. Então estamos organizando a casa para conseguir cumprir os compromissos. Não sabemos quanto há em caixa, mas o orçamento está apertado. Só que a capacidade é grande, a máquina está funcionando, tem gente pronta para trabalhar, agora vamos buscar mais eficiência", disse.

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