terça-feira, 16 de junho de 2009

2016: Cabral e Paes asseguram R$ 1 bi para meio ambiente

Créditos à Valéria Blanc e Rafael Lisboa

Lausanne - O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes anunciaram nesta terça-feira (16/06), na Suíça, importantes investimentos na área de meio ambiente, considerados essenciais na avaliação da candidatura do Rio de Janeiro às Olimpíadas de 2016. Até julho, serão liberados pela Caixa Econômica R$ 650 milhões para obras de despoluição da Bacia de Jacarepaguá e Barra da Tijuca e da Baía de Guanabara, incluindo a Baixada Fluminense e São Gonçalo, que passará a ter, enfim, a Estação de Tratamento de Esgoto em funcionamento. A assinatura do convênio será no Rio com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cabral e Paes. Somados aos R$ 340 milhões destinados pelo governo federal semana passada através do PAC Drenagem à Bacia de Jacarepaguá, o Rio vai receber quase R$ 1 bilhão para recuperar duas regiões onde estão previstas mais da metade das competições.

- Estamos trabalhando pela garantia de uma vida melhor para nossa população em todas as áreas de ação do estado. A nossa parceria com a prefeitura e o presidente Lula é permanente. Na próxima terça-feira, por exemplo, vamos lançar o Projeto de Revitalização da Zona Portuária também como resultado dessa nossa união. A vinda das Olimpíadas vai trazer ainda mais benefícios, e não só para a cidade do Rio, mas para toda a Região Metropolitana - disse o governador.

O prefeito Eduardo Paes afirmou que os grandes vencedores dos Jogos Olímpicos serão os moradores da cidade.

- Esta vai ser uma grande oportunidade para os cariocas verem realizadas obras que sempre pediram. Com a liberação dos recursos, aqueles que sofrem com as enchentes em Jacarepaguá ou com a sujeira à beira de Baía de Guanabara logo vão perceber as mudanças. Para a cidade, o projeto olímpico já começou a deixar o seu legado - declarou o prefeito.

Há duas semanas, com a inauguração da Estação de Tratamento da Barra da Tijuca pelo Governo do Estado, foi ampliado o sistema de saneamento do bairro que vai servir de base para a maioria das instalações olímpicas.

Agora são tratados mais de 240 milhões de litros de esgoto por segundo. Cabral e Paes disseram que os próximos dias serão também decisivos para outro projeto fundamental à Rio 2016: a linha 4 do metrô, que vai ligar a Zona Sul à Barra. A expectativa é de que até a semana que vem a Câmara Municipal aprove, em segunda votação, o projeto que autoriza a venda dos terrenos remanescentes de obras do metrô. A arrecadação prevista é de R$ 1 bilhão, que serão usados na construção da linha 4. O projeto foi aprovado em primeira discussão no fim de maio, tornando edificáveis mais de 70 terrenos na Zona Sul, na Tijuca e na Barra.

Na tarde desta terça-feira (16/6), Cabral, Paes e demais integrantes da comitiva da Rio 2016, entre eles, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, fizeram no Museu Olímpico o ensaio oficial da apresentação da campanha, marcada para esta quarta-feira (17/6). O Rio e as três cidades finalistas - Chicago, Tóquio e Madri - terão, cada uma, 45 minutos para exibição do projeto à maioria dos membros votantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) e mais 45 minutos para responder a questões técnicas. A vencedora será anunciada no dia 2 de outubro, em Copenhague, na Dinamarca.

- Mesmo sendo uma apresentação mais técnica, vamos mostrar ao Comitê Olímpico a alegria dos cariocas, a emoção deste povo que acolhe tão bem e faz todo mundo se sentir em casa. O projeto que será exibido foi muito bem planejado, estruturado, e tenho certeza de que, além disso, o charme do Rio vai fazer a diferença - afirmou Eduardo Paes.

Cabral destacou que pelo menos dois terços dos investimentos para a Rio 2016 já estão garantidos por conta do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e dos recursos destinados à Copa do Mundo de 2014.

- O que vamos dizer aos membros do COI é que, para os Estados Unidos, Chicago será mais uma cidade a fazer os Jogos. O mesmo vale para o Japão, sobre Tóquio; e Espanha, em relação a Madri. No nosso caso, será a primeira cidade de um continente onde moram 400 milhões de pessoas que nunca viram uma Olimpíada. E, sim, nós podemos fazê-la no Rio - disse o governador.

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