segunda-feira, 25 de maio de 2009

Estado inicia obra de conjuntos habitacionais no interior

Créditos à Guedes de Freitas

O Programa de Reformas de Conjuntos Habitacionais do governo do estado, que prevê investimentos de R$ 35 milhões este ano, chega nesta terça-feira ao interior, mais precisamente a Três Rios, na Região Centro-Sul Fluminense. O governador Sérgio Cabral e o secretário de Habitação, Leonardo Picciani estarão, às 11h30, naquela cidade para dar início à reforma do Conjunto Habitacional Nossa Senhora de Lujuan, que tem oito blocos e 64 apartamentos, com prazo de término em quatro meses.

Na semana passada, Cabral e Picciani deram início à primeira etapa do programa de reforma e urbanização de 10 conjuntos habitacionais no Estado do Rio. Os primeiros foram o Conjunto Habitacional Vilar Artur Rios, em Campo Grande (12 blocos e 468 apartamentos), o Conjunto Água Branca, em Realengo (40 blocos e 1.320 apartamentos), Cidade de Deus, em Jacarepaguá (57 blocos e 2.160 apartamentos), Zona Oeste do Rio, o IAPC de Quintino (32 blocos e 496 apartamentos), Zona Norte carioca, e o Vila Lage II, em São Gonçalo (6 blocos e 240 apartamentos).

Além de Três Rios, devem começar as obras nos próximos meses os conjuntos Pio XII, em Botafogo (14 blocos e 252 apartamentos); Fazenda Botafogo, em Acari (86 blocos e 3.440 apartamentos); Bandeirantes, em São João de Meriti (3 blocos e 108 apartamentos); e Dr. Thouzet, em Petrópolis (28 blocos e 532 apartamentos).

– Os conjuntos passarão por reformas no telhado, revisão das instalações de água e elétricas, intervenções na infraestrutura e recuperação e pintura das fachadas. Neste quesito, há em nosso programa uma inovação: a pintura, agora, é feita de forma interativa com a comunidade. A própria comunidade é que irá escolher as cores a ser utilizadas – afirmou o secretário.

Segundo o secretário de Habitação, para este ano está prevista a reforma de 26 conjuntos, a maioria na Região Metropolitana. Além dos dez já licitados e com obras em andamento ou para começar, doze estão em processo licitatório e quatro na fase de projeto, beneficiando mais de 20 mil residências.

Outros conjuntos que terão obras em breve: Vilage Pavuna, na Pavuna (36 blocos e 2.961 apartamentos); Dona Castorina, no Jardim Botânico (21 blocos e 452 apartamentos); Adélia Martins, em São Gonçalo (5 blocos e 200 apartamentos); Engenheiro Heyder de Moraes Rêgo, em Pilares (4 blocos e 64 apartamentos); D. Pedro I, em Realengo (82 blocos e 3.280 apartamentos); Saldanha da Gama, em Niterói (25 blocos e 200 apartamentos); e Delfim F. Pacheco, o Amerino Wanick, em Niterói (4 blocos e 160 apartamentos). Os demais estão sendo definidos.

– A proposta é ampliar o programa, especialmente no ano que vem. Recursos orçamentários teremos para isso. Com o programa federal Minha Casa, Minha Vida, que não tem contrapartida do estado, teremos mais dinheiro próprio para aplicar nesse programa de reformas – informou o secretário.

O programa Minha Casa Minha Vida tem plano de construir cerca de um milhão de residências no país até o fim de 2010. No Estado do Rio, cujo déficit habitacional é de 600 mil unidades, a meta é construir em todo o estado 75 mil casas ou apartamentos com recursos desse programa. Para dar início ao projeto, o governo do estado foi o primeiro a doar ao governo federal um terreno. Ele fica em Costa Barros, bairro da Zona Norte carioca, onde serão erguidas 970 habitações, nos próximos doze meses.

– Desde a quebra do BNH (Banco Nacional de Habitação), há 25 anos, a moradia popular não foi tratada com a devida prioridade. Mas, agora com o lançamento do Minha Casa, Minha Vida, este tema entra na ordem do dia no país. O nosso governo vai se esforçar para ser o estado de maior sucesso em soluções habitacionais – projeta.

Segundo o secretário, o governo já identificou cinco áreas do estado que podem ser usadas pelo programa.

– Nossa preocupação é escolher lugares com excelente infraestrutura urbana, que tenha bom abastecimento de água, rede de esgoto, garantia de iluminação e oferta de transportes. O de Barros Filho, por exemplo, fica em frente à estação ferroviária e a apenas um quilômetro da Avenida Brasil, situado numa área asfaltada e bem servida de escolas públicas e privadas, hospitais e comércio – detalhou.

No interior, o governo tem aproximadamente 30 projetos de construção de habitações com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), num total de três mil unidades, e na Baixada Fluminense, o Projeto Iguaçu, em parceria com a Secretaria do Ambiente e o Ministério das Cidades, com pouco mais de duas mil residências em Belford Roxo, Mesquita, São João de Meriti e Nova Iguaçu, para realocação de famílias retiradas das margens dos rios Bota, Iguaçu e Sarapuí. O conjunto habitacional de Mesquita deverá ser inaugurado até o final do ano.

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