sábado, 2 de maio de 2009

Emop apresenta os Ecolimites á Rocinha

Créditos à EMOP-RJ

Uma reunião foi realizada, hoje (30/04), na EMOP (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro), entre diretores da empresa e representantes da Associação de Moradores da Rocinha. Durante o encontro, que teve a duração de duas horas (11h às 13h), foi apresentado o projeto de instalação de ecolimites na comunidade, que inclui a criação de um grande parque ecológico e melhorias em diversos pontos da Rocinha.

Pela EMOP, participaram da reunião o presidente, Ícaro Moreno Júnior, o diretor de obras, José Carlos Pinto, e a diretora de Administração e Finanças, Annie Faccó. Pela Associação de Moradores da Rocinha, estiveram presentes o presidente Antonio Ferreira, o Shaolin; o vice-presidente, Leonardo Rodrigues Lima; o diretor José Fernandes e o primeiro-secretário, Raimundo Benício de Souza, o Lima.

O projeto foi apresentado em programa PowerPoint aos integrantes da Associação de Moradores da Rocinha. Ele foi iniciado com dados sobre os prejuízos que a expansão de comunidades em direção à Mata Atlântica causa a toda a cidade, com a geração de diversos problemas, como deslizamentos, ações contra o Poder Público por mortes devido a ocupação de áreas de risco, acúmulo de lixo, demanda de drenagem, entre outros.

Na parte seguinte, fotos e imagens de satélites mostraram o avanço e destruição dos ecolimites antes existentes. Em uma das fotos, uma criança aparece em uma brincadeira perigosa, em área de grande aclive, improvisando um balanço feito com cabos de aço desses antigos ecolimites.

A parte final da apresentação explicitava o projeto que está sendo implementado. Quatro das melhorias propostas tiveram aprovação unânime dos presentes – o parque ecológico, a instalação do Centro de Estudos Ambientais, a construção de novas moradias e a pavimentação e drenagem de duas vias da comunidade. Apenas a instalação dos ecolimites foi rejeitada por parte dos representantes da Rocinha.

Foi explicado que justamente a questão da preservação é o foco do projeto, com o parque ecológico e os ecolimites. E sugeriu-se ainda que, nos trechos do parque adjacentes à mata, poderiam ser utilizados tijolos vazados ou grades, para permitir a visibilidade.

O presidente da associação, Antonio Ferreira, lembrou que um plebiscito feito na Rocinha apontara que os moradores rejeitam a construção de muros. No entanto, os representantes da EMOP lembraram que o plebiscito envolveu menos de 10% dos moradores da Rocinha, e que fora feito antes da exposição do projeto.

Os representantes da EMOP expuseram também que o problema da expansão de comunidades representa um prejuízo para toda a cidade e que pesquisa feita por um grande jornal mostrou um empate técnico entre os que são contra e os que são a favor dos ecolimites, ouvindo moradores de diversos pontos do Rio de Janeiro.

No final do encontro, realizado num ambiente de muita cordialidade, ficou acertado que a EMOP começa a instalar o canteiro de obras na segunda-feira. Na quarta-feira, técnicos da EMOP percorrerão os trechos de obras e receberão as reivindicações da comunidade para possíveis inserções ao projeto.

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