Rio de JaneiroApesar da contração da economia em escalas mundiais e nacionais, o mercado de trabalho fluminense não acompanha o ritmo de demissões. É o que evidenciou um levantamento realizado pelo Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), solicitado pelo Sebrae/ RJ, com bases em estatísticas do Ministério do Trabalho. Em todo o país, cerca de 650 mil postos de trabalho desapareceram, enquanto, no estado do Rio de Janeiro, a retração atingiu 19.342 vagas, o equivalente a 3% dos cortes nacionais.
Na região fluminense, as contratações superaram as demissões em 154.596, contra 144.786 do ano anterior. A avaliação da retração nas micro e pequenas empresas seguiram o mercado formal. Em todo o país, os cortes chegaram a 45%. No Rio de Janeiro, a suspensão atingiu 35%.
De acordo com Natan Schieper, atual presidente do Conselho Estadual de Trabalho, Emprego e Geração de Renda (Ceterj), os setores que mais empregam no Rio de Janeiro são o de comércio e o de serviços.
- No Rio de Janeiro, tirando o setor do petróleo, que é o grande carro-chefe, e levando para outro aspecto, é o setor de comércio e serviços (que mobiliza a economia). Temos um grande laço na área de turismo. O comércio e o turismo andam pari passu.
Schiepe explica como a retração empregatícia nas camadas mais elevadas afeta toda a cadeia econômica:
- No momento em que, na indústria, ocorre o maior nível de salários, essas pessoas se destinam ao consumo. Aí entra o comércio. No momento em que se corta, lá em cima, o fluxo de melhores salários - inclusive essas empresas são as grandes arrecadadoras de impostos do Estado -, lá na ponta a situação fica estrangulada - exemplificou.
No último dia 30, governo, empregadores e sindicatos se reuniram na sede da Fecomércio, no bairro do Flamengo, na capital estadual, para definir estratégias para evitar demissões em massa e outros ajustes em decorrência da crise econômica mundial.
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