sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Caos na Avenida Brasil irá acabar.

Créditos À Guedes de Freitas

Avenida Brasil

Estado, Prefeitura do Rio e empresários de ônibus se unem para acabar com o caos da Avenida Brasil. O governador em exercício Luiz Fernando Pezão, o prefeito Eduardo Paes e os empresários do Consórcio Systra/Setepla, vencedor de uma licitação internacional, assinaram, na manhã desta quinta-feira, no Palácio da Cidade, em Botafogo, o contrato para a elaboração de um projeto de estruturação do sonhado corredor expresso que vai ordenar o caótico tráfego de veículos na avenida.

Principal acesso ao Centro da cidade, passagem diária para milhares de carros, a Avenida Brasil interliga municípios da Região Metropolitana, cuja população de 11 milhões de pessoas faz por dia cerca de 12 milhões de viagens, grande parte delas pela via expressa. Como dessas viagens diárias, 71% são feitas em ônibus e 14% em carros particulares, a via expressa se tornou, nos últimos anos, um inferno diário para milhares de motoristas e passageiros.

Para o governador em exercício, este suplício tem data para acabar. Ele acredita que até o fim do mandato do governador Sérgio Cabral o corredor expresso estará implantado.

– O governador priorizou a solução dos graves problemas de segurança, saúde e educação, mas, eu, particularmente, acredito que se melhorarmos o transporte vamos melhorar todas as outras áreas. Sempre digo: não há como não conseguir recursos junto ao governo federal com um bom projeto. Como não tenho dúvidas de que vamos elaborar um grande projeto, conseguiremos recursos do Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes) que tem responsabilidade com a Avenida Brasil – enfatizou Pezão.

O prefeito Eduardo Paes disse que o corredor expresso vai exigir, mais do que qualquer outro projeto estruturante, a união efetiva do estado com não apenas a Prefeitura do Rio, mas com todas as demais da Região Metropolitana.

– Toda vez que se reclama da quantidade de ônibus nas avenidas Brasil, Presidente Vargas e Rio Branco, estamos dizendo que a falta de entrosamento entre os atores privados e públicos é que gerou esta enorme confusão. Este projeto será a racionalização do sistema de ônibus na Região Metropolitana. Aliado ao Arco Metropolitano, que vai tirar os caminhões do centro urbano do Rio, o corredor será fundamental para ordenar o trânsito não só da Avenida Brasil como de todo o centro da cidade. Não se admite mais o Rio não ter um sistema integrado de transportes – afirmou Paes.

Independente da criação do corredor expresso, cujo início será a médio prazo, a prefeitura vai fazer de imediato obras de recuperação na Avenida Brasil, cujo estado de conservação atualmente é precário. A avenida é federal, mas sua administração é municipalizada.

– Há perspectivas de o Dnit anunciar, dentro de 15 dias, a liberação de uma verba de R$ 80 milhões para manutenção da Avenida Brasil – completou Paes.

O projeto do corredor expresso deverá ficar pronto, no máximo, em onze meses, ao custo de US$ 1,75 milhão. Deste total, segundo o secretário de Transportes, Julio Lopes, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) financiará US$ 1,5 milhão e o governo do estado, o restante.

– Ainda não podemos dizer como será feito este corredor, apenas que ele precisa ser feito porque a Avenida do Brasil será o corredor estruturante mais importante do Brasil. O projeto é que vai nos dar as características operacionais do corredor. Mas o que podemos antecipar é que ele terá de ser totalmente segregado, ampliando a velocidade dos ônibus. A faixa seletiva não atende às necessidades, é constantemente invadida e impede a prioridade ao transporte coletivo – argumenta Lopes.

Pela via, passam diariamente de 800 a um milhão de pessoas e mais de 400 ônibus. Além do tempo perdido, os constantes congestionamentos na via geram R$ 12 milhões por ano de prejuízos aos cofres públicos. O corredor deverá ter dois novos terminais, um no Trevo das Margaridas, que liga a Avenida Brasil com a Via Dutra, e outro na confluência com a Rodovia Washington Luís, além da reforma e urbanização completa do Terminal Intermunicipal Américo Fontenelle, no Centro do Rio.

Estiveram presentes o prefeito de Nilópolis, Sérgio Sessim, os secretários estaduais chefe da Casa Civil, Regis Fichtner, de Governo, Wilson Carlos de Carvalho, de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy Barbosa, de Trabalho e Renda, Ronald Ázaro, e de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, os secretários municipais de Transportes, Alexandre Sansão, de Obras, Luís Antônio Guaraná, e de Assistência Social, Fernando William, o presidente da Empresa de Obras Públicas (Emop), Ícaro Moreno Júnior, e o presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Luiz Firmino Ferreira, entre outros.

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