sexta-feira, 14 de novembro de 2008

AMTU apresenta planos de infra-estrutura para os Jogos Olímpicos 2016

Créditos à Secretaria de Transportes

Rio 2016

A Secretaria de Transportes participou, na tarde desta quarta-feira (12/11), do 13º Congresso sobre Transportes de Passageiros (13º Etransport), na Marina da Glória. A Agência Metropolitana de Transportes Urbanos (AMTU), vinculada à secretaria, realizou fórum sobre transporte coletivo, que contou com a presença de representantes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e da Prefeitura do Rio. O encontro teve como objetivo apresentar os planos de infra-estrutura, sobretudo na área de transportes, e o de legado urbano e ambiental, que irão compor o dossiê de candidatura do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos 2016.

O diretor de infra-estrutura da comissão “Rio 2016, Cidade Candidata”, Alexandre Techima, do COB, informou que o transporte público é um dos grandes desafios da candidatura, além da segurança e acomodação. O dossiê, que será entregue ao Comitê Olímpico Internacional (COI), é composto por 17 temas distintos. Entre eles, está a parte financeira, que deverá conter os custos dos investimentos que serão realizados em infra-estrutura de transportes, como melhorias nos sistemas metroviário e ferroviário, implantação de Corredores Expressos de Ônibus (BRTs), entre outras ações.

Além disso, o dossiê deverá conter um capítulo exclusivo para o tema de transportes, no qual será apresentado, detalhadamente, todo o planejamento de infra-estrutura dos transportes públicos da cidade, incluindo o cronograma de obras, e o plano operacional que será adotado durante a realização dos Jogos Olímpicos. Segundo Techima, em 2004, o Rio foi eliminado da disputa para sediar os Jogos de 2012 porque o COI considerou inviáveis as propostas para o setor de transportes.

- Estamos na fase de alinhamento dos projetos e de obtenção das garantias. De acordo com o plano mestre dos Jogos, todas as competições serão realizadas na mesma cidade, e as regiões deverão ser atendidas por transporte de massa. Com o atual alinhamento das políticas públicas, principalmente entre o governo municipal e estadual, esperamos ter mais facilidade para trabalhar em prol do nosso objetivo maior – disse.

Na área de transportes, um dos projetos previstos é o desenvolvimento de um anel de transporte público de alta capacidade, que irá circundar e conectar a área da Barra da Tijuca às demais regiões onde serão realizados as competições, através de dois sistemas sobre trilhos para transporte de massa, complementado por três sistemas de BRTs de alta capacidade.

O sistema de corredores expressos irá criar uma capacidade adicional de 70 mil passageiros por hora e direção. Atualmente, os sistemas de trem e de metrô atendem 70 mil passageiros por hora e direção no sentido Centro-Norte, mas com os projetos do Governo do Estado passarão a atender mais de 100 mil.

- Serão 29 quilômetros para o Corredor T5, que irá ligar a Barra até a Penha, 15 quilômetros para a Linha C, que ligará a região de Deodoro ao Terminal Alvorada, na Barra, e 29 quilômetros para a conexão Barra-Zona Sul. Na Barra da Tijuca, ficarão 47% dos atletas e 14% das instalações – afirmou Techima.

O superintendente da AMTU, Waldir Peres, aproveitou a ocasião para ressaltar que muitos dos projetos de transportes considerados fundamentais para os Jogos já estão em andamento, como o BRT da Avenida Brasil e a expansão da Via Light. Os editais de licitação dos corredores T5 e da Linha C já foram divulgados há três semanas. Além disso, mais de 130 linhas de ônibus já estão integradas com o metrô, o trem e próprio ônibus.

- O governo federal está assegurando a candidatura do Rio de Janeiro. Se nós conseguirmos passar por essa fase de qualificação, teremos a chance de dar um choque urbano e de transporte na cidade. É inédito esse momento que estamos vivendo. As concessionárias estão discutindo, juntamente com as três esferas do governo, soluções comuns para o transporte público em função de um objetivo. Uma janela de oportunidade se abre para o Rio e para a Região Metropolitana, melhorando significativamente o que pode vir a ser o transporte coletivo da cidade nos próximos anos – comentou Waldir.

Segundo Techima, cidades olímpicas têm usado os Jogos para alavancar o legado a partir de investimentos significativos em infra-estrutura de transportes. Atenas investiu cerca de US$ 12 bilhões nos Jogos, sendo US$ 9 bilhões em transportes. Para realizar as Olimpíadas, Pequim investiu no setor US$ 20 bilhões, dos US$ 40 bilhões.

- Em Jogos Olímpicos, transporte é um tema que demanda muita atenção e, sobretudo, investimentos significativos – concluiu.

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