terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Cronograma da Linha 3 do metrô será apresentado em uma semana

Créditos à Secretaria de Transportes

Niterói

Nesta terça-feira (06/01), em uma reunião na Secretaria de Transportes, ficou definido que o consórcio Construtor Fluminense, formado pelas empresas Queiroz Galvão e Carioca Engenharia, tem uma semana para apresentar ao Governo do Estado o cronograma do projeto executivo e o cronograma de início da construção da Linha 3 do metrô. A decisão foi tomada depois de a Secretaria de Transportes garantir, através de convênio com o governo federal, R$ 62,5 milhões para o início da implantação da linha, que vai ligar Niterói a São Gonçalo.

Ainda nesta semana, o secretário de Transportes, Julio Lopes, e a equipe técnica responsável pela obra irão se reunir com equipes da Secretaria de Obras de Niterói e de São Gonçalo para começar a elaboração de um plano de redução de impactos ambientais e no trânsito da região. Na reunião com as prefeituras, também será discutido como será feito o trabalho de restabelecimento da faixa de domínio da antiga linha férrea, que ligava Niterói a Itaboraí, onde será construída a nova linha do metrô. Boa parte da faixa de domínio hoje está ocupada por construções irregulares, como extensão de muros de casas e estabelecimentos comerciais.

Também ficou decidida na reunião a criação de um amplo grupo de trabalho, envolvendo Estado e prefeituras, para atuar junto a lideranças comunitárias, comerciais e industriais de Niterói e São Gonçalo. Essas equipes vão trabalhar orientando e informando a população sobre os impactos da obra, que vai mexer com a rotina de diversos bairros. No total, a nova linha terá 23 quilômetros de extensão e 14 estações entre Niterói e São Gonçalo. Nesse primeiro momento, os recursos disponíveis serão destinados a obras do trecho elevado entre Barreto, em Niterói, e Alcântara, em São Gonçalo, num total de 12 quilômetros de linha.

- Vamos fazer um trabalho intensivo de comunicação com toda a população que será afetada pela obra. Esta será a maior obra de metrô que o Estado vai fazer de uma só vez. Precisamos conscientizar os moradores da facilidade que o sistema vai trazer para o dia-a-dia da região. Mas transtornos serão inevitáveis, devido ao tamanho do empreendimento. Vamos fazer todo o possível para reduzir impactos. Mas também queremos contar com a ajuda e a colaboração de toda a população. Para isso, vamos procurar lideranças comunitárias, lideranças empresariais, ambientais, do comércio e indústria locais e até lideranças religiosas – explicou o secretário Julio Lopes.

A Secretaria de Transportes também vai discutir com as prefeituras projetos para a ocupação da área nas partes em que a linha do metrô ficará suspensa. A idéia é que essas áreas sejam ocupadas por parques, quadras esportivas, ciclovias, de forma a evitar a favelização.

- Vamos seguir o exemplo de grandes cidades do mundo, como Dubai e Miami, em que o metrô é suspenso. Queremos aproveitar a obra para revitalizar toda a região que será cortada pela linha do metrô. Será uma grande oportunidade de valorização e reorganização do espaço urbano. Por isso, temos que estar bem alinhados com as prefeituras e é fundamental que a população entenda a dinâmica da obra e apóie nosso trabalho – comentou Julio Lopes.

A construção da Linha 3 beneficiará 350 mil passageiros por dia, com redução significativa do tempo de deslocamento. Nos horários de pico, o tempo de deslocamento no trecho Niterói-São Gonçalo, que é de 1h25, cairá para apenas 20 minutos com o novo sistema. A obra proporcionará também a criação de oito mil novos empregos, sendo 2.500 diretos e 5.500 indiretos.

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